A contradição na Ciência da Lógica e na Filosofia da História
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v8i2.800Resumo
O artigo procura reconstruir a noção hegeliana de contradição e o seu papel no desenvolvimento da História universal. O conceito perpassa o coração da Ciência da Lógica hegelina, especialmente na passagem da Lógica da essência na Lógica do conceito. A contradição não caracteriza uma categoria ao lado de outras categorias e não é integrante de uma estrutura categorial, mas aparece como um movimento transversal que atravessa a Ciência da Lógica e articula o movimento de autoconstrução do próprio sistema filosófico. Num primeiro momento, o artigo está centralizado no conceito de contradição na Ciência da Lógica, precisamente na passagem da Lógica da essência na Lógica do conceito, a partir de contraditórios categoriais como substancialidade e acidentalidade, absoluto e relativo e universalidade e particularidade que se integram dialeticamente. Num segundo momento, esta exposição se desdobra na noção de contradição na Filosofia da História universal enquanto móvel da realidade. Neste campo da Filosofia do real, o Espírito universal se exterioriza em múltiplas manifestações culturais, políticas, civilizacionais e sociais. O método consiste no trabalho de leitura e interpretação de textos hegelianos extraídos das obras em questão, auxiliado com textos de comentadores da obra hegeliana. Em razão de questões argumentativas, não seguiremos a tríade hegeliana de Lógica, Natureza e Espírito, mas da Ideia universal como intrínseca à História, articulados no movimento da racionalidade da História.
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