Agostinho de Hipona e Baruch de Espinosa
Contrapontos e aproximações a partir de uma leitura antropológica
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v11.890Palavras-chave:
Agostinho. Antropologia. Espinosa. Homem. Substância.Resumo
O presente artigo se propõe a apresentar de forma comparativa os aspectos fundamentais de caráter antropológico inerentes ao pensamento de Agostinho de Hipona e Baruch de Espinosa. Para tanto busca realizar uma leitura na qual sejam estabelecidos contrapontos e possíveis aproximações. Num primeiro momento analisa mais proximamente questões da antropologia agostiniana. Recupera alguns dados relativos ao contexto epocal e filosófico no qual Agostinho está inserido, expõe as vertentes teóricas das quais o autor bebe e que, por conseguinte toma como base para a edificação de seu pensamento em âmbito antropológico. Em seguida trabalha sinteticamente os conceitos centrais da reflexão empreendida por Agostinho acerca do problema do homem, isto é, corpo e alma. Assim, acentua a hierarquia existente entre essas duas estruturas, na qual a alma espiritual encontra-se em posição superior ao corpo material, constituindo então um modelo antropológico dualista. Na segunda parte da reflexão, o foco de análise é direcionado para a obra Ética do holandês Espinosa. Inicialmente realiza-se uma elucidação em torno do conceito primordial de todo o sistema filosófico espinosano, o conceito de substância ou então Deus. De forma correlata, é apresentado o seu entendimento em torno dos assim chamados atributos e modos da substância. Realizada esta introdução de temas de caráter mais geral, a elucubração recupera as categorias de corpo e mente. Enfatiza a ausência de hierarquização e o sentido de interdependência entre estas duas estruturas fundamentais no homem, evidenciando e justificando a caracterização fortemente monista da antropologia espinosana, distinguindo-a assim de maneira contundente do modelo agostiniano.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte.
Os artigos publicados na Revista Opinião Filosófica estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.