O consórcio boa vontade - dever no diagnóstico moral kantiano dos percursos da razão comum
Abstract
Na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, ao diagnosticar os caracteres morais que se apresentam à razão comum, Kant traça a íntima relação entre as disposições do sujeito, sob a forma do conceito de boa vontade, e a capacidade de estabelecer um critério objetivo para a esfera da ação, que destaca sob a forma do conceito de dever. Através destes conceitos, o filósofo dá início à caracterização de uma ética universal e deontológica que, entretanto, não subsiste unicamente por este consórcio, à medida que o conhecimento do bom não implica necessariamente sua execução. Com esta ressalva Kant exige, portanto, a interposição da filosofia para o estabelecimento de um critério mais seguro ao agir, o que implica que os conceitos de boa vontade e dever não determinem cabalmente sua ética, mas através deles se descortinem as elucubrações iniciais, ou pontos de partida, que se completam com a ereção do imperativo categórico. No presente artigo são discutidos os conceitos elementares da razão comum e a mútua vinculação que estabelecem para compor a moralidade na perspectiva kantiana.Downloads
Published
Issue
Section
License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The submission of originals to this journal implies the transfer by the authors of the right for printed and digital publication. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication. If the authors wish to include the same data into another publication, they must cite this journal as the site of original publication. As the journal is of open access, the articles are allowed for free use, in scientific, educational, non-commercial applications, with citation of the source.
The papers published in Revista Opinião Filosófica are licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.